terça-feira, 17 de junho de 2008

rasto

permanece
a vítima
de delfos
de lorca
de granada
os tempos corriam imemoriais no delta ausente
as mãos de mozart amarão maiorca
o amor rasa as laranjas
em valdemossa percorremos os ardores de chopin
reerguemos os pinhais
o esteves sorriu para a metafísica que era nada
em espichel
llansol habitou o luar
a avó sorvia o perfume da madrugada de setenta
húmida alvorada incrustada na infância feliz
não tenhamos medo da corrente das palavras
torrencial
efémera