terça-feira, 1 de julho de 2008

no som dos dias

a alvorada prenhe
rasura o canto da noite
se cantássemos a morte de Lorca
beberíamos o sangue de Granada
foi nestes pensamentos que Pessoa morreu no bairro
o alvor do novo tempo transfigura os corpos
regressemos a Lorca
ao seu sangue
perene
tingido de luz
na tarde de todos os sóis

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